
Eu não vivo por mim, vivo pelo meu povo.
O povo de que falo não são (só) os portugueses,
o meu povo é o mundo que sofre e luta para sair da escuridão.
O meu povo é cada pessoa humilde que dá o que tem de si, pelo próximo.
Crente, não crente, religioso ou não,
o meu povo é essa gente que trava guerras diariamente em busca de água e pão.
Anti-Futilidades, Anti-Guerras. A favor da paz e da união.
Meu Povo, é o Ser-Humano que pensa e age com o coração.
É quem faz da vida um ritmo, de cada passo uma canção.
É quem dos obstáculos inventa fé e cria hinos.
Inspiro-me em pessoas que para vocês são bandidos.
Bandidos porque lutam pela mudança(?),
porque têm o desejo de um mundo melhor, com igualdade e paz(?).
Mas dizem o que toda a gente tem medo de ouvir,
o que ninguém tem coragem de dizer!
A morte desta gente que luta para sobreviver é só mais um número nas vossas estatísticas,
mas se for um cantor de musicas românticas, um político,
alguém que teve tudo e nunca precisou de lutar para ter uma boa vida,
aí já é uma Senhora Morte.
É o fim do mundo aos vossos olhos.
Ridículo, digo eu.
Ficam á espera que o meu povo caia, aplaudem quando isso acontece.
Mas levantamo-nos de seguida com a cabeça a roçar o céu.
E vocês? Silenciam-se.
Sou feliz por ser assim, por não ser como a maioria.
Tenho os meus defeitos, normalíssimo.
Mas se pudesse voltar atrás não mudava nada,
porque tudo contribuiu para o que sou hoje.
Dêem-me obstáculos e decorem bem o meu nome.
A luta começou agora, com este pequeno gesto.
Sejam bem vindos ao meu mundo.
Sê duas vezes melhor, sê um rei, ajuda o teu povo.